quarta-feira, 22 de junho de 2011

Poema do Agradecimento

Existem coisas que nascem com a gente
Mas que precisam adubar pra crescer
Existe gente que faz por amor
E assim tu fizeste a mim 

Não sei dizer do amor que te sinto
Só sei dizer que é grande demais
Quero guardá-lo além do viver
Que pertence a nós 

Quando não mais eu puder te abraçar
Quando não mais eu puder te olhar
Eu vou lembrar do teu jeito de amar
E vou fazê-lo tão meu quanto teu

 Te agradecer, não há como, não dá
Então ao Pai vou tentar agradar
Fazendo como a mim tu fizeste
Ao meu irmão que precisa de adubo

E onde estiver há de ficar feliz
Pelo acerto que acontecerá
E vai lembrar com orgulho e dizer
É herança do meu ser...

* não me lembro onde li esse texto, por favor, se alguém sabe quem é @ autor/a, por favor, me informar. 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ubuntu

UBUNTU

"Uma pessoa é uma pessoa por causa das outras pessoas".Ditado Sul Africano da tribo Ubuntu

A jornalista e filósofa Lia Diskin no Festival Mundial da Paz em Florianópolis (2006) presenteou @s participantes com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu. Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta para casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo então, propôs uma brincadeira para as crianças que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, pôs tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!" instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces. Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"

Ele ficou admirado. Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?

“Ubuntu é um termo ético ou uma filosofia humanística, focando-se nas relações de lealdade entre as pessoas. A palavra tem origem nas linguas de Bantu da África do Sul e é visto como um conceito tradicional da cultura africana.Uma palavra e muitos significados: amizade, solidariedade, compaixão, perdão, irmandade, o amor ao próximo. A capacidade de entender e aceitar @ outr@. No prêmio Nobel da Paz, o bispo sul-africano Desmond Tutu, uma vez explicou: ubuntu é a essência do ser humano. Você não pode viver isoladamente, você não pode ser humano se é só.”



Nelson Mandela: para ser feliz é preciso viver em coletividade, em harmonia com quem está a sua volta. Ou seja, tudo de bom que você pode sentir ou desejar a uma pessoa, @s african@s resumiram em apenas seis letras.

Ubuntu pra você!

terça-feira, 17 de maio de 2011

O que é simplicidade?

Empresas apreciam funcionári@s criativ@s. Aliás, mais que apreciar, elas dependem del@s para quase tudo: bolar novos produtos, aumentar a produtividade, melhorar a rotina, encontrar nichos de mercado inexplorados, e por aí vai. É por isso que as empresas patrocinam seminários de criatividade para seus funcionári@s. Eu mesmo participei de vários, a grande maioria deles esquecíveis, porque eram focados mais na teoria do que na execução prática. Mas houve um, ainda bem, que me ensinou uma lição duradoura.

Éramos uns 30 participantes, e cada um/uma recebeu um pedacinho de arame reto, com 13 centímetros de comprimento, com a recomendação de que tentássemos produzir alguma coisa criativa com ele. Menos de cinco minutos depois, tod@s @s participantes -- sem exceção -- apresentaram orgulhosamente a "sua" idéia originalíssima: um clipe.

O clipe é o triunfo da simplicidade. Oito dobras fáceis, que podem ser feitas à mão, sem
auxílio de nenhum instrumento. E sem necessidade de experiência prévia, nem estudo
específico, nem intelecto superior. E, melhor ainda, sem gastar quase nada. Nenhuma outra invenção humana tem uma relação de custo e benefício melhor que a do clipe. Hoje, são produzidos no mundo, a cada ano, 20 bilhões de clipes (três para cada terráqueo). Que servem literalmente para tudo: soltar disquetes encalacrados na gaveta do computador, limpar as unhas, marcar cartelas de bingo e, eventualmente, até para prender papel. Dito tudo isso, é espantoso saber que ele demorou tanto para ser inventado. Afinal, a humanidade produz documentos em papiro ou em papel há milênios, e muitos desses documentos tinham, como têm até hoje, os inevitáveis "anexos". Que eram colados, pregados, amarrados, costurados ou, simplesmente, vinham soltos. Quer dizer, ou se perdiam, ou eram impossíveis de destacar.

Os noruegueses atribuem a invenção do clipe a seu compatriota Johan Vaaler, em 1899. Por isso, durante a Segunda Guerra Mundial, quando a Alemanha nazista invadiu a Noruega e proibiu o uso de símbolos nacionalistas, os noruegueses passaram a usar clipes na lapela, numa demonstração pública de patriotismo que os alemães não tiveram como proibir, já que clipes existiam também na Alemanha. Mas o clipe de Vaaler não foi o primeiro. Décadas antes dele, o pedacinho de arame já havia sido dobrado na Inglaterra, no formato de um "M" (três dobras). As pernas do "M" ficavam atrás das folhas de papel e o ângulo inferior na frente. Mas tanto o clipe de Vaaler (com cinco dobras) quanto o "M" inglês não tinham, ainda, o que o clipe atual tem: um pentágono dentro do outro (as oito dobras). Essa maravilha do design, por incrível que pareça, surgiu em 1901 e nunca foi patenteada. E, ao contrário de qualquer outra invenção com mais de um século de vida, nunca mais o clipe sofreria alterações. Basta olhar para ele para perceber que um clipe não pode ser "aperfeiçoado".

Por algum motivo, nós, do século 21, parecemos estar convencidos de que criatividade é
sinônimo de complicação. Todos os dias, novas idéias, que não requerem especialização ou altos investimentos, passeiam bem diante de nossos olhos. Mas nós as descartamos, ou nem as percebemos mais, porque há muito deixamos de acreditar que uma boa decisão, pessoal ou profissional, ainda possa ter a simplicidade de um clipe.

Max Gheringer





Pedaços de Mim

Eu sou feita de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feita de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir, para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amig@s que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo

Martha Medeiros

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Contra Intolerância. Contra o ódio. Pelo Amor.

Olha aí os exemplos gente! Todo mundo com papelzinho por perto.

Contra a Intolerância. Contra o Ódio. Pelo Amor.

Contra a Intolerância. Contra o Ódio. Pelo Amor.

Muito. Muito. Muito obrigada.

Eu e meus amigos que estamos acompanhando a resposta dessa campanha estamos emocionados com o que vocês estão nos enviando. Mesmo. E lembro a todos que as fotos enviadas para o e-mail projetoeusougay@gmail.com devem conter a mensagem #EUSOUGAY em alguma parte da foto, com um pedaço de papel, post-it ou mesmo escrito na mão como algumas pessoas já enviaram. E sim, todos podem e devem enviar imagens: héteros, gays, negros, brancos, emos, punks, vizinhos, amigos. Todos vocês, usem e abusem da imaginação para passar essa mensagem:




Tendo isto dito, gostaria apenas de acrescentar mais algumas informações ao projeto:

Este não é um projeto apenas contra a homofobia, é um projeto contra a intolerância, contra o ódio. Não podemos, não devemos e não vamos viver nesse ambiente. Portanto, lá vai:

Eu sou gay, eu sou negro, eu sou nordestino, eu sou criança vulnerável, eu sou mulher vítima de violência doméstica, eu sou gordo, eu sou faminto, eu sou vítima do trânsito, eu não ando armado.

Eu sou aquele que diz basta a essa falta de compaixão e de respeito ao próximo. Eu sou pela paz. Eu sou a favor de um mundo melhor. Este é o movimento que começamos agora. Eu, você, nós brasileiros que acreditamos na força da opinião pública e das redes sociais para combater a intolerância contra a diferença e contra as minorias.

http://projetoeusougay.wordpress.com/

Contra Intolerância. Contra o ódio. Pelo Amor.

Adriele Camacho de Almeida, 16 anos, foi encontrada morta na pequena cidade de Itarumã, Goiás, no último dia 6. O fazendeiro Cláudio Roberto de Assis, 36 anos, e seus dois filhos, um de 17 e outro de 13 anos, estão detidos e são acusados do assassinato. Segundo o delegado, o crime é de homofobia. Adriele era namorada da filha do fazendeiro que nunca admitiu o relacionamento das duas. E ainda que essa suspeita não se prove verdade, é preciso dizer algo.

Eu conhecia Adriele Camacho de Almeida. E você conhecia também. Porque Adriele somos nós. Assim, com sua morte, morremos um pouco. A menina que aos 16 anos foi, segundo testemunhas, ameaçada de morte e assassinada por namorar uma outra menina, é aquela carta de amor que você teve vergonha de entregar, é o sorriso discreto que veio depois daquele olhar cruzado, é o telefonema que não queríamos desligar. É cada vez mais difícil acreditar, mas tudo indica que Adriele foi vítima de um crime de ódio porque, vulnerável como todos nós, estava amando.

Sem conseguir entender mais nada depois de uma semana de “Bolsonaros”, me perguntei o que era possível ser feito. O que, se Adriele e tantos outros já morreram? Sim, porque estamos falando de um país que acaba de registrar um aumento de mais de 30% em assassinatos de homossexuais, entre gays, lésbicas e travestis.

E me ocorreu que, nessa ideia de que também morremos um pouco quando os nossos se vão, todos, eu, você, pais, filhos e amigos podemos e devemos ser gays. Porque a afirmação de ser gay já deixou de ser uma questão de orientação sexual.

Ser gay é uma questão de posicionamento e atitude diante desse mundo tão miseravelmente cheio de raiva.
Ser gay é ter o seu direito negado. É ser interrompido. Quantos de nós não nos reconhecemos assim?
Quero então compartilhar essa ideia com todos.

Sejamos gays.

Independente de idade, sexo, cor, religião e, sobretudo, independente de orientação sexual, é hora de passar a seguinte mensagem pra fora da janela: #EUSOUGAY

Para que sejamos vistos e ouvidos é simples:

1) Basta que cada um de vocês, sozinhos ou acompanhados da família, namorado, namorada, marido, mulher, amigo, amiga, presidente, presidenta, tirem uma foto com um cartaz, folha, post-it, o que for mais conveniente, com a seguinte mensagem estampada: #EUSOUGAY

2) Enviar essa foto para o mail projetoeusougay@gmail.com

3) E só :-)

Todas essas imagens serão usadas em uma vídeo-montagem será divulgada pelo You Tube e, se tudo der certo, por festivais, fóruns, palestras, mesas-redondas e no monitor de várias pessoas que tomam a todos nós que amamos por seres invisíveis.

A edição desse vídeo será feita pelo Daniel Ribeiro, diretor de curtas que, além de lindos de morrer, são super premiados: Café com Leite e Eu Não Quero Voltar Sozinho.

Quanto à minha pessoa, me chamo Carol Almeida, sou jornalista e espero por um mundo melhor, sempre.
As fotos podem ser enviadas até o dia 1º de maio.

Como diria uma canção de ninar da banda Belle & Sebastian: ”Faça algo bonito enquanto você pode. Não adormeça.” Não vamos adormecer. Vamos acordar. Acordar Adriele.

— Convido a todos os blogueiros de plantão a dar um Ctrl C + Ctrl V neste texto e saírem replicando essa iniciativa —

http://projetoeusougay.wordpress.com/

Contra Intolerância. Contra o ódio. Pelo Amor.

abril 15, 2011

Eis uma receita mais simples do que preparar miojo:

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ciranda de tod@s nós! 

O Brasil está longe de ser o país exemplo em igualdade!


É uma vergonha, mas ainda testemunhamos cenas absurdas de preconceitos, algumas poucas ditas diretamente/abertamente a maioria é de maneira sútil, velada pela hipocrisia e falsa moral.

Parabenizo a iniciativa abaixo! Precisamos de outras como essas. É preciso desmistificar o preconceito e educar as pessoas a amar e respeitar seu próximo.

Milhares de vidas todos os dias são tiradas pela violência de uma arma carregada ou assinadas pelas mãos corruptas de políticos que investem nosso dinheiro em seu bolso ou contas estrangeiras pagando o preço da impunidade com a própria vida.

Nosso planeta pede socorro... só a boa convivência, o respeito e a educação serão capazes de salvá-lo, infelizmente estamos longe disso, a vida humana  e o respeito à natureza tem sido descartados, jogados as traças como algo fútil e sem valor, em seu lugar o ódio por gays, negr@s, divorciad@s, gord@s e milhares de preconceitos criados todos os dias ganham destaque em nosso cotidiano.

Quando abriremos nossos olhos? Ou será que devemos fechá-los e olharmos para nós, para nossas atitudes e perceber que precisamos ser melhores, que precisamos ouvir, ver, sentir e banir o ódio de nossos corações!

Paz e amor!!!!

Pedimos paz e amor! Queremos paz e amor!

Semeiem o amor, o respeito ao próximo, a mãe natureza, ao planeta!

Esta ciranda não é  minha só, ela é de todos nós, ela é de todas nós!

Faça sua parte!
 

 

Atores de ‘Insensato coração’ posam contra a homofobia


Paola Oliveira responsabiliza a educação machista nas escolas pela intolerância / Foto: Bruna Prado / Extra
As polêmicas declarações do deputado federal Jair Bolsonaro sobre negros e homossexuais reacendem o debate da luta contra a homofobia. O tema ganhará destaque nas próximas semanas de “Insensato coração”, e atores da trama posaram apoiando o movimento, que aguarda na Câmara a aprovação do projeto que criminaliza o preconceito contra homossexuais.
Paola Oliveira responsabiliza a educação machista nas escolas pela intolerância. “É o homem que tem que ser rico, abrir a porta do carro e pagar a conta do restaurante. Por que? O certo é a mulher ir em busca da sua riqueza. Tudo que acontece de ruim, seja a violência ou a falta de respeito em relação à sexualidade, vem da falta de educação”, diz.

"O mundo não tolera mais esse tipo de preconceito", opina Tainá Müller / Foto: Bruna Prado / Extra

"Vivemos num país cristão. Há uma frase na bíblia que diz: 'Não julgueis para não serdes julgados", lembra Eriberto Leão / Foto: Bruna Prado / Extra

"Antes da escola, da rua, começa a educação em casa. Não dá para jogar a culpa nos amigos. Os pais é que constroem o caráter dos filhos", diz Rodrigo Andradde / Foto: Bruna Prado / Extra

"É impossível acreditar que esse tipo de preconceito ainda exista", diz Ricardo Pereira / Foto: Bruna Prado / Extra


http://extra.globo.com/retratos-da-vida/atores-de-insensato-coracao-posam-contra-homofobia-1548489.html

sábado, 9 de abril de 2011

Só de Sacanagem

Elisa Lucinda


Meu coração está aos pulos!

Quantas vezes minha esperança será posta a prova?

Tudo isso que está aí no ar malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e de seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais!

Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?

É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração ta no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha vó e os justos que o precederam: não roubarás, devolva o lápis do coleguinha, esse apontador não é seu minha filha.

Pois bem! Se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear, mais honesta ainda eu vou ficar!

Só de sacanagem!

Dirão: deixa de ser boba desde Cabral que aqui todo mundo rouba!
Eu vou dizer: não importa será esse meu carnaval, vou confiar, mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês, com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambal.

Dirão: é inútil todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal e eu direi não admito minha esperança é imortal. E eu repito, ouviram? IMORTAL.

Sei que não dá para mudar o começo, mas se a gente quiser vai dar para mudar o final.

sábado, 19 de março de 2011

It Gets Better - "Tudo ficará melhor!"



A famosa produtora de filmes Pixar, responsável por diversos clássicos do cinema moderno (tipo Toy Story e Nemo, se você é de Marte e não sabe do que estamos falando), publicou um vídeo com depoimentos de seus funcionários homossexuais. A postagem serve de apoio para evitar que adolescentes homossexuais tentem cometer suicídio.

Com a trágica onda de suicídios entre adolescentes homossexuais que atingiu os Estados Unidos, o bullying homofóbico é o novo alvo das pessoas de bem. Mas parece que um dos focos principais é fazer com que os adolescentes percebam que não é errado ser homossexual e que as pessoas devem se aceitar que uma hora tudo vai melhorar. E vale a pena aguentar um pouco antes que tudo melhore.

A campanha It Gets Better (algo como "Vai Ficar Melhor") procura mostrar aos adolescentes que eles devem dar mais atenção ao seu futuro e à exemplos de gays bem sucedidos, do que aos preconceituosos valentões da escola ou da rua.

Justin Aaber, Billy Lucas, Cody Barker, Asher Brown, Seth Walsh, Raymond Chase e Tyler Clementi são alguns dos nomes de jovens adolescentes que não aguentaram a pressão de colegas ignorantes. Exemplos trágicos de uma moda que deve sair o mais rápido possível dos armários.

Diversas entidades e pessoas famosas participam da campanha. Desde o presidente americano Obama (você pode ver o vídeo no final do artigo), até anônimos da internet, a campanha já passa de 5 mil vídeos e 15 milhões de visualizações. A Pixar é uma das últimas grandes adições a essa lista, que já inclui celebridades como Justin Bieber, atores de Glee, Brothers and Sisters e por aí vai.

Resumidamente, o vídeo apresenta funcionários gays do brilhante estúdio, que contam o tanto que sofreram e como tudo melhorou depois que eles se encontraram na vida pessoal. Por mais que tudo pareça perdido e que você nunca vá encontrar pessoas que te aceitam, isso muda, tudo fica melhor.

Eles contam como sobreviveram à parte ruim e contam como é a parte  boa. Provam que é possível ser feliz e viver uma vida completamente normal, independente da sua orientação sexual. Infelizmente o mundo todo ainda não entendeu, mas existem muitos lugares que não são como a sua escola ou a sua família, lugares em que você pode ser você mesmo, conhecer pessoas novas que te aceitam e te amam.

Alguns dados apresentados pela It Gets Better são alarmantes. Nove entre dez estudantes homossexuais já sofreram algum tipo de agressão na escola. Estudantes GLBT são assediados duas ou três vezes mais do que estudantes comuns. Mais de um terço dos jovens homossexuais já tentou suicídio. Eles tem quatro vezes mais probabilidade de tentar suicídio, e em famílias que não aceitam a sexualidade do jovem essa taxa dobra.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Para que lado cai a bolinha

O filme começa com uma câmera parada no centro de uma quadra de tênis, bem na altura da rede. Vemos então uma bolinha cruzar a tela em câmera lenta. Depois ela cruza de volta, e cruza de novo, mostrando que o jogo esta em andamento. De repente, a bolinha bate na rede e levanta no ar. A imagem congela. O locutor diz que tudo na vida é uma questão de sorte. Você pode ganhar ou perder. Depende do lado que vai cair a bolinha.

É o início de “Match Point”, um filme de Woody Allen. É uma versa mais sofisticada, mais sensual e mais trágica de um outro filme do cineasta “Crimes e Pecados” , de 1989. Em ambos, a eterna disputa entre a estabilidade e a aventura, entre render-se à moral ou desafiá-la, o certo e o errado flertando um com o outro e gerando culpa. Onde, afinal, está a felicidade?

Certa vez li (não lembro a fonte) que felicidade é a cominação de sorte com escolhas bem feitas. De todas as definições. Essa é a que chegou mais perto do que acredito. Dá o devido crédito às circunstâncias e também aos nossos movimentos. Cinquenta por cento para cada. Um negócio limpo.

Em “Crimes e Pecados”, Woody Allen inclinava-se para o pragmatismo. Dizia textualmente: somos a soma das nossas decisões. Tudo envolve o nosso lado racional, até mesmo as escolhas afetivas. Casamento acontece por vários motivos, entre eles por serem um ótimo arranjo social- e nem por isso desonesto. E até mesmo a paixão pode ser intencional. No filme, um certo filósofo diz que apaixonamos para corrigir o nosso passado. É uma idéia que pode não passar pela nossa cabeça quando vemos alguém e o coração dispara, mas, secretamente, a intenção já existe: você esta em busca de uma nova chance de acertar, de se reafirmar. Seu coração apenas dá o alerta quando você encontra a pessoa com quem colocar o plano em prática.
Em “Match Point”, Woody Allen passa a defender o outro lado da rede: a sorte como o definidor do rumo da nossa vida. O acaso como nosso aliado. Se a felicidade depende de nossas escolhas, é da sorte a última palavra. Você pode escolher livremente virar a à direita, e não à esquerda, mas é a sorte que determinará quem vai cruzar com você pela calçada, se é um assaltante ou um Chico Buarque. É a bolinha caindo para um lado, ou para o outro.

Tanto em “Crimes e pecados” como nesse excelente e impecável “Match Point” fica claro o que todos deveríamos aceitar: nosso controle é parcial. Há quem diga até que não temos controle de nada. Não existe satisfação garantida e tampouco frustração garantida, estamos sempre a mira do imprevisível. Treinamos, jogamos bem, jogamos mal. Seguimos as regras, às vezes não, brilhamos, decepcionamos, mas será sempre da sorte o ponto final.

Medeiros, Martha. Doidas e Santas. Porto Alegre: L&PM, 2010. 44p.

*Muito longe de casa: memórias de um menino soldado

Com Ishmael aprendi a ter mais fé na vida e nas pessoas!

Sempre que passo no centro de São Paulo e vejo tantas crianças lançadas à própria sorte, me recordo de Ishmael e rezo para que elas ao **virar a esquina tenham a mesma sorte de mudar seu destino como teve Ishmael!

Grande lição de vida!

Beijos


*Beah, Ishmael. Muito longe de casa: menórias de um menino soldado. Rio de Janeiro: Ediouro, 2007.

**Medeiros, Marta. Para que lado cai a bolinha. Doidas e Santas. Porto Alegre,RS:L&PM,2010. 44p.

Comer, Rezar, Amar

Nooooossaaaaaaa!!!

Como comi! rsss... também foi possível por os outros dois verbos em prática... rss.... mas, comer... vou te contar... sem nenhum sacrifício... acho que engordei uns cinco quilos... rss...

Leia vale a pena mergulhar nessa viagem incrivel!

Ah!!!! Vale a pena ver o film
e também... linda fotografia!

Beijos

Gilbert, Elizabeth. Comer, Rezar, Amar. Objetiva.

Apresentação Li e Adorei!

Os livros me encantam e as histórias reais me fascinam!

Indicarei alguns livros que li e vocês perceberão que a maioria das indicações são baseadas em histórias reais... elas me fazem acreditar que as vezes o que parece impossível... é POSSÍVEL!

Espero que disfrutem deles tanto quanto eu!

Beijos

sábado, 5 de março de 2011

As Folhas

Trilha sonora do filme Jardim das Folhas Sagradas

Salve As Folhas

Maria Bethânia

Composição: Gerônimo/Ildásio Tavares

Sem folha não tem sonho
Sem folha não tem vida
Sem folha não tem nada

Quem é você e o que faz por aqui
Eu guardo a luz das estrelas
A alma de cada folha
Sou Aroni

Cosi euê
Cosi orixá
Euê ô
Euê ô orixá

Sem folha não tem sonho
Sem folha não tem festa
Sem folha não tem vida
Sem folha não tem nada

Eu guardo a luz das estrelas
A alma de cada folha
Sou aroni

Jardim das Folhas Sagradas

Jardim das Folhas Sagradas conta a história de Bonfim, negro baiano que tem sua vida virada pelo avesso com a revelação de que precisa abrir um terreiro de candomblé. Com os espaços disponíveis cada vez mais raros, ele acaba procurando um lugar na periferia empobrecida e degradada. Afastado da tradição e questionando fundamentos como o sacrifício de animais, Bonfim cria um terreiro modernizado e descaracterizado, o que lhe trará graves conseqüências.

Numa época em que o crescimento urbano acelerado e a favelização transformam as cidades em espaços cada vez menos habitáveis, o candomblé, religião ancestral trazida pelos escravizad@s african@s, tem uma grande lição de convívio e preservação da natureza a oferecer. A Bonfim e a toda cidade de Salvador.

Explicando para confundir

Composição: (Tom Zé)

Tô bem de baixo prá poder subir
Tô bem de cima prá poder cair
Tô dividindo prá poder sobrar
Desperdiçando prá poder faltar
Devagarinho prá poder caber
Bem de leve prá não perdoar
Tô estudando prá saber ignorar
Eu tô aqui comendo para vomitar

Eu tô te explicando
Prá te confundir
Eu tô te confundindo
Prá te esclarecer


 
Tô iluminado
Prá poder cegar
Tô ficando cego
Prá poder guiar
Suavemente prá poder rasgar
Olho fechado prá te ver melhor
Com alegria prá poder chorar
Desesperado prá ter paciência
Carinhoso prá poder ferir
Lentamente prá não atrasar
Atrás da vida prá poder morrer
Eu tô me despedindo prá poder voltar

Centelha de mim

Nos resumir em algumas palavras ou coisas que gostamos de fazer...essas explicações... parecem não alcançar toda complexidade que nos envolve.
O que posso dizer é que diante do espelho me sinto única... contudo, em outros momentos pareço-me tanto com outras... outros!
O olhar, o sorriso, o choro, a alegria, a fé na vida, o pé na estrada, muitas vezes me fazem tão única, mas... alguns sentimentos, como egoísmo, ciúme, medo... me fazem lembrar o quanto humana e contraditória sou, mesmo sendo única!
Uma das características que marca meu “ser” é o amor que tenho pela nossa cultura, nossas músicas regionais de autor@s anônim@s, nossas alegrias, nossas festas, nossas heranças... elas me tocam e me emocionam profundamente... me fazem feliz, são para mim... fonte de energia... transformação... esperança, amor próprio..., me fazem sentir cidadã do mundo!
Há uma música interpretada por Maria Bethânia que me encanta e também traduz parte do que sou:
“Se queres saber de tudo
De tudo então saberás
Sou índia de sangue latino
Sou negra dos canaviais
Sou da nação da cana
Da Bahia suburbana, do samba em linhas gerais

Luz que ilumina,
Iluminai
Iluminai os meus olhos
Meus olhos, iluminai!

Bahia de todos os santos
Dos santos de ais
O rio que corta minha vida
Cortou-me para nunca mais
Sou varanda divida
Mourão que segura a viga
Pedra que sustenta o cais."

Saravá!

Juliana insistiu...

Achei a idéia legal, mas fiquei enrolando... passei a acompanhar o blog dela.. de longe... na espreita... até que resolvi tentar criar... o primeiro nome que me veio à cabeça foi... fruta gogóia... adoro essa música interpretada por Gal... me dá uma sensação de liberdade, de que posso ser o que quiser! Ela me enche de alegria!

Aparentemente havia criado o blog... mas logo percebi que havia algo de errado com ele e por inexperiência não consegui corrigir e... mais uma vez deixei de lado... Juliana continuou insistindo. Um belo dia lendo o jornal li a noticia sobre lançamento da coleção de Tom Zé chamada “to te explicando pra te confundir”, achei o máximo!

Eh!... Cá estou...  a idéia é postar pensamentos, vivências minhas e de outr@s, emoções... indagações, sugestões... enfim... compartilhar um pouco de tudo!

Bem-vinda!
Bem-vindo!

Axé