sábado, 19 de março de 2011

It Gets Better - "Tudo ficará melhor!"



A famosa produtora de filmes Pixar, responsável por diversos clássicos do cinema moderno (tipo Toy Story e Nemo, se você é de Marte e não sabe do que estamos falando), publicou um vídeo com depoimentos de seus funcionários homossexuais. A postagem serve de apoio para evitar que adolescentes homossexuais tentem cometer suicídio.

Com a trágica onda de suicídios entre adolescentes homossexuais que atingiu os Estados Unidos, o bullying homofóbico é o novo alvo das pessoas de bem. Mas parece que um dos focos principais é fazer com que os adolescentes percebam que não é errado ser homossexual e que as pessoas devem se aceitar que uma hora tudo vai melhorar. E vale a pena aguentar um pouco antes que tudo melhore.

A campanha It Gets Better (algo como "Vai Ficar Melhor") procura mostrar aos adolescentes que eles devem dar mais atenção ao seu futuro e à exemplos de gays bem sucedidos, do que aos preconceituosos valentões da escola ou da rua.

Justin Aaber, Billy Lucas, Cody Barker, Asher Brown, Seth Walsh, Raymond Chase e Tyler Clementi são alguns dos nomes de jovens adolescentes que não aguentaram a pressão de colegas ignorantes. Exemplos trágicos de uma moda que deve sair o mais rápido possível dos armários.

Diversas entidades e pessoas famosas participam da campanha. Desde o presidente americano Obama (você pode ver o vídeo no final do artigo), até anônimos da internet, a campanha já passa de 5 mil vídeos e 15 milhões de visualizações. A Pixar é uma das últimas grandes adições a essa lista, que já inclui celebridades como Justin Bieber, atores de Glee, Brothers and Sisters e por aí vai.

Resumidamente, o vídeo apresenta funcionários gays do brilhante estúdio, que contam o tanto que sofreram e como tudo melhorou depois que eles se encontraram na vida pessoal. Por mais que tudo pareça perdido e que você nunca vá encontrar pessoas que te aceitam, isso muda, tudo fica melhor.

Eles contam como sobreviveram à parte ruim e contam como é a parte  boa. Provam que é possível ser feliz e viver uma vida completamente normal, independente da sua orientação sexual. Infelizmente o mundo todo ainda não entendeu, mas existem muitos lugares que não são como a sua escola ou a sua família, lugares em que você pode ser você mesmo, conhecer pessoas novas que te aceitam e te amam.

Alguns dados apresentados pela It Gets Better são alarmantes. Nove entre dez estudantes homossexuais já sofreram algum tipo de agressão na escola. Estudantes GLBT são assediados duas ou três vezes mais do que estudantes comuns. Mais de um terço dos jovens homossexuais já tentou suicídio. Eles tem quatro vezes mais probabilidade de tentar suicídio, e em famílias que não aceitam a sexualidade do jovem essa taxa dobra.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Para que lado cai a bolinha

O filme começa com uma câmera parada no centro de uma quadra de tênis, bem na altura da rede. Vemos então uma bolinha cruzar a tela em câmera lenta. Depois ela cruza de volta, e cruza de novo, mostrando que o jogo esta em andamento. De repente, a bolinha bate na rede e levanta no ar. A imagem congela. O locutor diz que tudo na vida é uma questão de sorte. Você pode ganhar ou perder. Depende do lado que vai cair a bolinha.

É o início de “Match Point”, um filme de Woody Allen. É uma versa mais sofisticada, mais sensual e mais trágica de um outro filme do cineasta “Crimes e Pecados” , de 1989. Em ambos, a eterna disputa entre a estabilidade e a aventura, entre render-se à moral ou desafiá-la, o certo e o errado flertando um com o outro e gerando culpa. Onde, afinal, está a felicidade?

Certa vez li (não lembro a fonte) que felicidade é a cominação de sorte com escolhas bem feitas. De todas as definições. Essa é a que chegou mais perto do que acredito. Dá o devido crédito às circunstâncias e também aos nossos movimentos. Cinquenta por cento para cada. Um negócio limpo.

Em “Crimes e Pecados”, Woody Allen inclinava-se para o pragmatismo. Dizia textualmente: somos a soma das nossas decisões. Tudo envolve o nosso lado racional, até mesmo as escolhas afetivas. Casamento acontece por vários motivos, entre eles por serem um ótimo arranjo social- e nem por isso desonesto. E até mesmo a paixão pode ser intencional. No filme, um certo filósofo diz que apaixonamos para corrigir o nosso passado. É uma idéia que pode não passar pela nossa cabeça quando vemos alguém e o coração dispara, mas, secretamente, a intenção já existe: você esta em busca de uma nova chance de acertar, de se reafirmar. Seu coração apenas dá o alerta quando você encontra a pessoa com quem colocar o plano em prática.
Em “Match Point”, Woody Allen passa a defender o outro lado da rede: a sorte como o definidor do rumo da nossa vida. O acaso como nosso aliado. Se a felicidade depende de nossas escolhas, é da sorte a última palavra. Você pode escolher livremente virar a à direita, e não à esquerda, mas é a sorte que determinará quem vai cruzar com você pela calçada, se é um assaltante ou um Chico Buarque. É a bolinha caindo para um lado, ou para o outro.

Tanto em “Crimes e pecados” como nesse excelente e impecável “Match Point” fica claro o que todos deveríamos aceitar: nosso controle é parcial. Há quem diga até que não temos controle de nada. Não existe satisfação garantida e tampouco frustração garantida, estamos sempre a mira do imprevisível. Treinamos, jogamos bem, jogamos mal. Seguimos as regras, às vezes não, brilhamos, decepcionamos, mas será sempre da sorte o ponto final.

Medeiros, Martha. Doidas e Santas. Porto Alegre: L&PM, 2010. 44p.

*Muito longe de casa: memórias de um menino soldado

Com Ishmael aprendi a ter mais fé na vida e nas pessoas!

Sempre que passo no centro de São Paulo e vejo tantas crianças lançadas à própria sorte, me recordo de Ishmael e rezo para que elas ao **virar a esquina tenham a mesma sorte de mudar seu destino como teve Ishmael!

Grande lição de vida!

Beijos


*Beah, Ishmael. Muito longe de casa: menórias de um menino soldado. Rio de Janeiro: Ediouro, 2007.

**Medeiros, Marta. Para que lado cai a bolinha. Doidas e Santas. Porto Alegre,RS:L&PM,2010. 44p.

Comer, Rezar, Amar

Nooooossaaaaaaa!!!

Como comi! rsss... também foi possível por os outros dois verbos em prática... rss.... mas, comer... vou te contar... sem nenhum sacrifício... acho que engordei uns cinco quilos... rss...

Leia vale a pena mergulhar nessa viagem incrivel!

Ah!!!! Vale a pena ver o film
e também... linda fotografia!

Beijos

Gilbert, Elizabeth. Comer, Rezar, Amar. Objetiva.

Apresentação Li e Adorei!

Os livros me encantam e as histórias reais me fascinam!

Indicarei alguns livros que li e vocês perceberão que a maioria das indicações são baseadas em histórias reais... elas me fazem acreditar que as vezes o que parece impossível... é POSSÍVEL!

Espero que disfrutem deles tanto quanto eu!

Beijos

sábado, 5 de março de 2011

As Folhas

Trilha sonora do filme Jardim das Folhas Sagradas

Salve As Folhas

Maria Bethânia

Composição: Gerônimo/Ildásio Tavares

Sem folha não tem sonho
Sem folha não tem vida
Sem folha não tem nada

Quem é você e o que faz por aqui
Eu guardo a luz das estrelas
A alma de cada folha
Sou Aroni

Cosi euê
Cosi orixá
Euê ô
Euê ô orixá

Sem folha não tem sonho
Sem folha não tem festa
Sem folha não tem vida
Sem folha não tem nada

Eu guardo a luz das estrelas
A alma de cada folha
Sou aroni

Jardim das Folhas Sagradas

Jardim das Folhas Sagradas conta a história de Bonfim, negro baiano que tem sua vida virada pelo avesso com a revelação de que precisa abrir um terreiro de candomblé. Com os espaços disponíveis cada vez mais raros, ele acaba procurando um lugar na periferia empobrecida e degradada. Afastado da tradição e questionando fundamentos como o sacrifício de animais, Bonfim cria um terreiro modernizado e descaracterizado, o que lhe trará graves conseqüências.

Numa época em que o crescimento urbano acelerado e a favelização transformam as cidades em espaços cada vez menos habitáveis, o candomblé, religião ancestral trazida pelos escravizad@s african@s, tem uma grande lição de convívio e preservação da natureza a oferecer. A Bonfim e a toda cidade de Salvador.

Explicando para confundir

Composição: (Tom Zé)

Tô bem de baixo prá poder subir
Tô bem de cima prá poder cair
Tô dividindo prá poder sobrar
Desperdiçando prá poder faltar
Devagarinho prá poder caber
Bem de leve prá não perdoar
Tô estudando prá saber ignorar
Eu tô aqui comendo para vomitar

Eu tô te explicando
Prá te confundir
Eu tô te confundindo
Prá te esclarecer


 
Tô iluminado
Prá poder cegar
Tô ficando cego
Prá poder guiar
Suavemente prá poder rasgar
Olho fechado prá te ver melhor
Com alegria prá poder chorar
Desesperado prá ter paciência
Carinhoso prá poder ferir
Lentamente prá não atrasar
Atrás da vida prá poder morrer
Eu tô me despedindo prá poder voltar

Centelha de mim

Nos resumir em algumas palavras ou coisas que gostamos de fazer...essas explicações... parecem não alcançar toda complexidade que nos envolve.
O que posso dizer é que diante do espelho me sinto única... contudo, em outros momentos pareço-me tanto com outras... outros!
O olhar, o sorriso, o choro, a alegria, a fé na vida, o pé na estrada, muitas vezes me fazem tão única, mas... alguns sentimentos, como egoísmo, ciúme, medo... me fazem lembrar o quanto humana e contraditória sou, mesmo sendo única!
Uma das características que marca meu “ser” é o amor que tenho pela nossa cultura, nossas músicas regionais de autor@s anônim@s, nossas alegrias, nossas festas, nossas heranças... elas me tocam e me emocionam profundamente... me fazem feliz, são para mim... fonte de energia... transformação... esperança, amor próprio..., me fazem sentir cidadã do mundo!
Há uma música interpretada por Maria Bethânia que me encanta e também traduz parte do que sou:
“Se queres saber de tudo
De tudo então saberás
Sou índia de sangue latino
Sou negra dos canaviais
Sou da nação da cana
Da Bahia suburbana, do samba em linhas gerais

Luz que ilumina,
Iluminai
Iluminai os meus olhos
Meus olhos, iluminai!

Bahia de todos os santos
Dos santos de ais
O rio que corta minha vida
Cortou-me para nunca mais
Sou varanda divida
Mourão que segura a viga
Pedra que sustenta o cais."

Saravá!

Juliana insistiu...

Achei a idéia legal, mas fiquei enrolando... passei a acompanhar o blog dela.. de longe... na espreita... até que resolvi tentar criar... o primeiro nome que me veio à cabeça foi... fruta gogóia... adoro essa música interpretada por Gal... me dá uma sensação de liberdade, de que posso ser o que quiser! Ela me enche de alegria!

Aparentemente havia criado o blog... mas logo percebi que havia algo de errado com ele e por inexperiência não consegui corrigir e... mais uma vez deixei de lado... Juliana continuou insistindo. Um belo dia lendo o jornal li a noticia sobre lançamento da coleção de Tom Zé chamada “to te explicando pra te confundir”, achei o máximo!

Eh!... Cá estou...  a idéia é postar pensamentos, vivências minhas e de outr@s, emoções... indagações, sugestões... enfim... compartilhar um pouco de tudo!

Bem-vinda!
Bem-vindo!

Axé